O Animal Doente de Amor

Muitas pessoas que vêm à minha cidade adoram ela, principalmente porque nenhum crime ocorreu aqui há anos. Agora, você poderia pensar que em uma pequena cidade da degradação em Alabama, teríamos uma comunidade tão pequena que nenhum crime conhecido teria lugar em tudo. Veja, eu sou de uma cidade onde todo mundo conhece todo mundo. O agricultor conhece o dono da loja, o dono da loja conhece as crianças, etc. Mas ultimamente temos recebido muito mais recém-chegados. Pessoas de grandes cidades e vilas onde você provavelmente vai odiar seus vizinhos antes de conhecê-los. Não que haja algo de errado com as pessoas das cidades grandes. Estou apenas dizendo.

Nós realmente não temos nenhum problema com os novos moradores. No entanto, quanto mais as pessoas vieram, mais problemas seguidos. Alguns homens vieram de uma vida de gangue. Eles vieram para cá para tentar escapar de todos os problemas que já tinham se metido. E, claro, nós os acolhemos e tratamos como família; uma tradição do sul que pretendemos manter. Nós realmente não tínhamos nenhum problema até um homem em particular que começou a parecer suspeito.


Ele era um grande amigo de meu pai e ajuda a cuidar dos nossos animais em troca de dinheiro. Ele me conta histórias sobre todos os lugares que ele tinha ido e todos os problemas que ele se meteu. Ele me fez prometer que nunca entraria em tantos problemas como aconteceu com ele . Eu obedeci. Passávamos horas por dia apenas conversando enquanto faziamos nosso trabalho. Eu realmente sentia como se ele fosse parte da família. Seu nome era Arnold. Arnold era um cara muito inteligente, apesar de sua aparência. Ele tinha várias tatuagens e piercings em seu corpo. Ele até me mostrou uma mancha no seu braço, onde uma bala o atingiu. Tentei não olhar para suas tatuagens, mas uma em especial me chamou a atenção. Parecia um tigre atacando uma cabra.

Eu achava que era apenas uma tatuagem de prisão. Afinal, Arnold tinha sido preso duas vezes. Eu não pensei em nada. Afinal de contas, ele era um cara tão legal que você nunca iria imaginá-lo entrando em qualquer tipo de problema com a lei. Então seria difícil estranha-lo de alguma maneira

Um dia, eu estava fora da cidade, e eu vi Arnold discutindo com o Sr. Hensley. Ele era proprietário da minha loja de conveniência favorita. Meu pai me levava lá a cada duas semanas para comprar mantimentos. Ele sempre me dava doces depois das compras e me fazia uma pergunta relativa ao que eu estava aprendendo na escola. Ele era um velho muito inteligente e justo. Todo mundo o adorava. Então, por que Arnold estaria discutindo com ele? Arnold não era de brigar ou até mesmo discutir. Mas, agora ele estava começando a ficar ... estranho.

Ele quase nunca falava mais comigo, e sempre murmurava para si mesmo, e nunca completava todo o trabalho. Meu pai me disse para manter distância, porque ele tinha medo que Arnold poderia ter voltado a se viciar nas drogas ou algo assim. Foi ruim pensar que Arnold entrou no mundo errado novamente. Ele já tinha me contado sobre sua batalha com o vício de drogas e como ele tinha que ido para a reabilitação. Eu pensei que ele estava limpo. Mas agora eu não acho. Era a mesma coisa todos os dias.

Até que um dia depois do café. Eu percebi uma coisa. Arnold não tinha aparecido para trabalhar ainda. Ele nunca tinha se atrasado, nunca! Então, eu decidi esperar. Esperei quase todo o dia, mas ele não veio mais. Meu pai tentou ligar para ele, mas ninguém respondia. Isso não era o fim de tudo, porém. Tarde na noite seguinte eu estava assistindo ao noticiário.

A história veio em cerca de um rapto de crianças não muito longe da minha cidade. Eles disseram que um homem vestido de preto agarrou a criança e começou a fugir com ela. A mãe alcançou o homem, e começou a atacá-lo. Ela lutou e lutou até ela ser nocauteada. Agora acredita em mim, aqui a maioria destas "mães robustas" são difíceis de derrubar. Teria tomado muita força para deter essa mulher. Ou esse homem era super forte, ou tinha uma grande sorte. O apresentador também disse que o homem correu para a floresta com a criança e ficou lá, com base na evidência. O que eles disseram em seguida foi absolutamente aterrorizante. Eles afirmaram que no dia seguinte, a criança voltou para casa com segurança, com a colaboração da polícia. Mas, em seguida, eles disseram que o corpo do homem foi encontrado mutilado além da compreensão.

Não havia nenhuma jeito da criança ter feito isso. A princípio, eles pensaram que poderia ser um serial killer, mas uma investigação mais aprofundada apontou um ataque de um animal. Nada parecia fazer sentido. Se fosse um animal, ele teria matado o homem e a criança. Mas a criança estava ilesa. As amostras de saliva tomadas a partir da cena indicam que era um ser humano. No entanto, as amostras de DNA de marcas de risco indicam que era um animal. Isso foi muito sinistro. Alguns dias mais tarde, as notícias sobre o sequestrador de criança voltaram.

Eles disseram que o homem responsável foi ninguém menos que Arnold Percy Hergo. Meu coração afundou. Por que um homem tão bom faria algo assim? Eu estava muito chateado para os próximos dias. Minhas notas começaram a abaixar, e me tornei mais irritável. Mesmo ele usando drogas de novo, ele ainda era meu amigo. Eu poderia tê-lo ajudado. Mas agora era tarde demais. Eu não queria falar com ninguém sobre isso, mesmo minha mãe dizendo que iria me fazer sentir melhor. Eu só estava ficando mais triste todos os dias.

Quando o verão chegou eu estava de férias escolares, eu praticamente não tinha nada de interessante para fazer. Apesar de ter um monte de tarefas, eu me afundava na solidão. Era grande desgosto para meus pais, eu me tornei um inútil. Eles disseram que o melhor era sair lá fora. No entanto, em questão de dias eu gradualmente comecei a ficar melhor. Eu estava me aventurando novamente nas pastagens onduladas e florestas na minha cidade do Alabama, e eu esqueci tudo sobre estar deprimido. Eu nunca poderia esquecer do meu amigo Arnold, embora. Eu ainda rezava para ele todas as noites. Tudo parecia estar em perfeito equilíbrio.

As crianças do meu bairro são relativamente bons filhos. Eles se importam com os pais e faziam o certo. No entanto, à medida que envelhecem, eles começaram a ter problemas com muito mais frequência. Nesse tempo eu estava bem maduro, e fiquei afastado deles, para que eu não me metesse em confusão.

Os meninos me provocaram e tentaram me levar de volta para a farra. Naturalmente, eu só ignorei e fiquei com a minha vida. Eles pararam de me incomodar, eventualmente, e começaram a incomodar a garota do outro lado da rua. No início, era apenas insultos suaves. Em seguida, ele se transformou em ameaças. De ameaças foi para o assédio. Eu não poderia estar vendo isso acontecer.

Eu tinha que fazer alguma coisa. Então, um dia, eu vi os meninos assediando ela da minha janela. Eu levei meu canivete, e sai pela porta. Meu coração estava disparado, mas eu tentei não mostrar medo. Foi no final da tarde, meu pai estava cuidando dos animais de fazenda. Não tinham testemunhas lá para ver nada. Se eu fosse para machucar um deles, eles iriam embora. Eu disse um "Hey," e gritei, "deixa ela ir!". Os dois rapazes pararam e olharam para mim. Eles riram gostosamente. O menino mais alto se aproximou de mim lentamente.

"E se nós não quisermos?" ele perguntou maliciosamente. Nesse momento peguei meu canivete.

"Ou eu vou te matar!" Eu ameacei. Ele gargalhou insanamente. E não mostrou nenhuma expressão facial que seja. Então agarrou meu colarinho da camisa e me puxou pra perto de seu rosto.

"Escute, isso não é da sua conta, baixinho! Por que você não vai para casa e..."

Sem pensar, eu cravei o canivete no braço dele. Ele gritou em agonia. Seu amigo agarrou o braço da menina assustada e correu para a floresta. Corri atrás dele. Olhei para trás para se certificar de que o segundo rapaz não estava me seguindo. Para minha surpresa, ele estava correndo na direção oposta de mim.

"Um já foi," Eu pensei com um sorriso no meu rosto.

O outro rapaz era muito mais rápido do que eu. Eu não poderia alcança-lo até mesmo se eu tentasse o meu melhor. A menina estava gritando por socorro, para desgosto do menino. Finalmente, chegamos a um impasse. Ficamos bufando por falta de ar. O suor escorria na testa vigorosamente quanto eu pensava em algo para dizer. O sol estava se pondo, e eu realmente não queria estar nesta floresta no escuro. O menino mais velho, então de repente virou a menina ao redor, e amarrou as mãos dela com uma corda que ele tinha no bolso. A jovem chorou e pediu para ele parar. Minha coragem tomou conta de mim, e eu ataquei aquele menino. Ele me chutou e me derrubou com força. Ele então começou a amarrar rapidamente as pernas da menina dizendo para ela que não ia escapar. A queda tinha me atordoado. Em pânico, eu lancei minha faca no garoto. Eu errei e acertei a árvore.

"Patético!" disse ele, e riu com orgulho. Ele começou a tirar as roupas da menina enquanto ela se contorcia desesperadamente e soluçava. "Cale-se!" ele gritou intensamente. Ganhei o fôlego, e avancei em direção ao garoto. Neste ponto, eu estava cegamente desferindo golpes contra ele. Ele grunhiu com frustração enquanto ele se distraiu mais por mim do que a menina. A floresta estava banhada na escuridão da noite, quando o sol estava rastejando lentamente sob o horizonte. Ele estava me dando socos violentos e pontapés, enquanto eu mal podia acerta-lo com meu punho. Eu não podia deixar ele ferir esta menina! Eu não poderia permitir. Mesmo eu estando todo arrebentado, eu não estava desistindo, até que finalmente, joguei meu corpo contra ele com toda a minha força, e o derrubei no chão da floresta.

Esta foi a minha chance! Eu dei vários socos no rosto dele. Mas logo o garoto conseguiu se recompor e ganhou de volta a sua posição dominante. Ele me chutou tão forte quanto podia entre as minhas pernas. Eu gritei de dor. Em seguida, ele me chutou na cabeça, que me levou voando até minhas costas atingirem uma grande rocha, e eu gritei bem alto. O garoto, em seguida, virou-se para a menina. Ela ainda estava assustada e chorando. E nesse momento, a floresta estava completamente escura e eu comecei a me preocupar.

O rapaz removeu todas as próprias roupas, e começou a estuprá-la. Toda vez que eu tentei me mover, uma dor aguda foi filmada pelo meu corpo. Isso me deixou paralisado. Eu não conseguia ver nada, e só podia ouvir os terríveis gritos da jovem. Ela estava em imensa dor, e eu estava ficando mais furioso do que nunca.

Naquele momento, um barulho ecoou pela floresta. Era o grito de alguma criatura desconhecida. O menino parou de atacar menina, e ficou com medo. Sentei-me lentamente. Eu podia ouvir farfalhar na floresta. Meu coração batia em meus ouvidos. Alguma coisa estava ficando mais perto de nós.

O menino assustado olhou para as madeiras pretas até o sussurro parar. Ele riu, e olhou para a menina. Ela começou a chorar novamente. Eu estava vermelho de raiva. Eu não poderia apenas ficar sentado e assistindo aquela tortura! Ignorando a dor, levantei-me lentamente e fui cambaleando entre eles.

Eu levantei minha perna ansiosamente. Eu ia chutar esse babaca na parte de trás do pescoço, quando um súbito lampejo de algo cruzou na frente dos meus olhos. Tudo o que eu ouvi foi um grito de gelar o sangue. Eu vi o menino deitado vários pés longe de sua última posição. A menina começou a ter um ataque de pânico. Ajoelhei-me para confortá-la, quando outro grito animalesco foi solto.

A próxima coisa que eu lembro, foi corpo do menino voando para trás em uma árvore. Então, eu vi uma figura grande, com lâminas nos dedos e espinhos nas suas costas. Ele olhou para mim. Seus olhos brilhavam como faróis de um carro. O  garoto estava boquiaberto com cauda animalesca e as enormes orelhas da criatura.

Sua boca se curvou para trás em um sorriso com duas fileiras de dentes incrivelmente nítidos. Parecia um ser humano com garras de monstro, e dentes, olhos, orelhas e cauda de animal. A coisa ligeiramente curvada ficou sobre as patas traseiras, e os braços balançando para frente encharcados de sangue. Este monstro estava atacando o menino! Eu quase tive um ataque de pânico, mas eu não conseguia gritar.
Depois de olhar direto para mim por cinco minutos, ele se voltou para o menino mais velho. Então cravou as garras afiadas em seu peito. O menino estava gritando, mas o sangue escorrendo de sua boca fez soar como se ele estivesse gargarejando água. Ele borbulhava e se engasgava com seu sangue enquanto a criatura estalava os seus ossos e perfurava sua carne. Um esguicho horrível e esmagador veio de sua carne me fez querer vomitar. Comecei a vomitar e virei minha cabeça para longe da cena horrorosa. Por pelo menos dez minutos, a criatura continuou puxando para fora órgãos e vísceras. Não parecia interessado em comer ele. No entanto, eu ouvi um barulho de engolimento doentio. A criatura tinha comido algo do corpo do menino mutilado. Eu estava muito enojado para descobrir. Quando finalmente a criatura terminou de vasculhar o corpo do menino morto, eu ouvi ele lentamente vindo em minha direção. Eu congelei e segurei a menina com força. Eu me perguntava com o que ele queria comigo. Pensei que ele iria me matar como fez com o menino mais velho. Olhei para o enorme animal com os olhos arregalados. Ele olhou diretamente nos meus olhos e bloqueado meu olhar. Eu queria perguntar sobre o que queria comigo, mas tudo o que escapou dos meus lábios era, "O-o-o...".

Ele olha nos meus olhos com a mesma expressão afiada. Aquele sorriso medonho que assola meus sonhos. Senti algo atrás de mim, mas não me atrevi a quebrar o olhar com esta coisa. Eu percebi que era cauda gigante do monstro. Ele tinha se enrolado em torno da menina e a mim. A coisa sentou-se junto de nós. Fechando seus olhos. De repente, percebi como eu estava ferido, e a criatura não parecia um monstro mais. Era mais como um guardião. Eu me afastei lentamente, percebendo que o que quer que essa coisa era, não veio aqui para nos prejudicar. Eu balancei me ajeitei para dormir como se eu estivesse nos braços da minha mãe. A menina fez o mesmo.

De repente eu acordei. Quando percebi estava em minha cama. Foi tudo um sonho? Eu disse a mim mesmo em voz baixa. Eu balancei minha cabeça negativamente. Não. Não, não poderia ter sido um sonho. Era muito real! As dores; Eu ainda posso senti-las. Eu de repente ouvi meu pai me chamando lá de baixo. Suspirei e saltei para fora da cama. Ao me aproximar da cozinha, vi a garota da noite passada na nossa mesa. Ela estava sorrindo e fez sinal para que eu me aproximasse. Agora eu sei que isso não era um sonho! Ela agradeceu por eu ter salvado ela do menino mais velho. Eu sorri timidamente.

Eu nunca fui bom em falar com as meninas. Meu pai me disse tudo o que aconteceu. Ele disse que a polícia concluiu que o rapaz foi morto por um cão. E que era apenas um infortúnio eu estar presente lá. O DNA foi a de um animal de acordo com a polícia. Mesmo havendo alguns traços de DNA humano nas marcas de mordida, eles assumiram que era apenas os da vítima anterior do cão. Eu soltei um suspiro aliviado. Eu não fui culpado pelo assassinato daquele garoto. Uma questão ainda permanece, porém, o que era aquela criatura?

Eu fiquei até mais tarde do que o habitual naquela noite. Eu ainda queria saber desesperadamente que essa coisa era aquela. Peguei meu laptop e fui para o Google. Eu procurei por monstros e fui levado para um site "Identifique o Monstro". Normalmente, eu não acreditaria nesse tipo de porcaria. No entanto, eu não tinha outra escolha. Eu digitei as palavras-chave na caixa de pesquisa: garras, dentes, sorriso, espinhos, cauda, guardião, olhos brilhantes. Em seguida, uma chave de resposta apareceu. Eu respondi as perguntas como se segue:

Mata suas vítimas: Sim
Come vítimas: Não.
Tem garras: sim.
Tem características humanas: sim
Deixa corpos: Sim.
Mata por desporto: Não.
Mata por proteção de fins: Sim.

Após mais algumas perguntas, meus resultados forma encontrados. Um resultado da pesquisa apareceu, "Die Liebe Krankes tier".
O nome traduzido de forma literal é "O animal Doente de Amor". No entanto, as pessoas só se referem a ele como "Camada". Originou-se nas regiões germânicas da Europa (sendo a Áustria, Alemanha, Suíça, etc.). Sua aparência só foi recentemente foi descoberta. O primeiro caso registrado foi em 1995, na Suíça, depois de um assassino ter sequestrado uma jovem. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, mutilado além da compreensão. Todas as suas entranhas estavam intactas, exceto o seu coração. "Deve ter sido o que essa coisa engoliu naquela noite", pensei a mim mesmo enquanto eu lia com os olhos arregalados. Cada caso tem envolvido, pelo menos, duas pessoas.

Eu estava literalmente estupefato. Eu tinha acabado de ver esta criatura apenas noite passada! Eu tinha testemunhado ela de ter matado um menino. Isso e de salvar a menina. Também essa foi a mesma coisa que matou Arnold? Tinha que ser; não havia outra explicação. A súbita sensação de admiração e ódio ressurgiu dentro de mim. Ele tinha salvado minha vida, mas estragou ela também. Eu estava pensando em matá-lo. No entanto, a leitura na página disse que a tentativa de destruí-lo seria inútil.

Quando eu estava prestes a terminar de ler o artigo, ouvi uma batida na minha janela. Eu imediatamente olhei para cima. Eu quase gritei, era o Camada! Ele estava ali apenas me observando. Como um perseguidor.

O-o que você quer? ", Perguntei, tremendo. Ela inclinou a cabeça para um lado. Parecia um pássaro cômico virando a cabeça. Eu considerei isso como ameaça. Fui ao andar de baixo e ele caminhou na direção à porta da frente. Ele me cumprimentou com seu sorriso habitual e olhar. Eu tentei pensar em outra coisa para dizer. "É ..." Eu comecei a travar, "você está..." Camada inclinou a cabeça de novo ligeiramente em confusão." Você é o Camada? ", eu finalmente disse em um tom nervoso. Ele fechou os olhos e assentiu.

Ele sentou-se de joelhos, a fim de ter de nível de altura comigo. "Você pode falar?" Eu perguntei.

Ele deu de ombros, como se dissesse, "Na verdade não." Eu balancei a cabeça como se entendesse.

"Por que está aqui exatamente?". Camada apenas olhou para o chão em silêncio. Parecia decepcionado de alguma forma. "Será que é por causa dos crimes?”. Ele assentiu com a cabeça. "Você realmente não gosta de crimes, não é?" Eu questionei. Ele balançou a cabeça novamente, puxando as pernas para o peito em uma posição fetal. Ele começou a arranhar a sujeira com suas garras gigantescas. Sentei-me com ele. A maneira que Camada olhou para o chão quando ele me respondia parecia quer dizer alguma coisa. Ele me disse que realmente não gosta de matar pessoas. Naquele momento, senti tanta culpa. Eu queria matar essa coisa que estava destinado a me proteger. Essa coisa tinha que matar as pessoas que fizeram o errado.

Era hora de fazer as coisas direito. Ele teve de defender as pessoas que tinham feito nada de errado. Sentindo vergonha, eu coloquei a minha mão em direção a suas garras. "Obrigado", eu disse enquanto olhava para os olhos dele amigavelmente. Camada envolveu sua cauda em torno de mim novamente, mesmo que tivesse feito isso noite passada. Eu encostei sobre seu peito. Ele me abraçou “cuidado para não me apunhalar com suas garras” eu disse. Olhei para o lado esquerdo do seu peito. Havia um buraco onde seu coração deveria estar. Alternativamente, lá estava apenas uma cavidade oca. Comecei a chorar por esta criatura. Ele estava a sofrer todos os dias. Pessoas temendo e o odiando, quando foi o único a fazer a coisa certa. Eu odiava cada ser humano naquele momento. Minha Mãe, pai, amigos, Mr.Hensley, até eu mesmo! Eu chorei suavemente em seu peito enquanto ela me abraçou gentilmente. Agora, todos os dias eu me pergunto quem são os seres humanos reais. Os que matam por esporte, ou os que matam por uma razão justificável.